Polícia cumpre reintegração de posse em São Cristóvão Segundo a PM, os lotes estavam sendo comercializados a R$ 800 ...
Polícia cumpre reintegração de posse em São Cristóvão
Segundo a PM, os lotes estavam sendo comercializados a R$ 800
As famílias tiveram que sair das casas pacificamente (Fotos: Portal Infonet) |
A Polícia Militar de Sergipe e o pelotão de Choque realizaram nesta
terça-feira, 28, a reintegração de posse em uma área situada no conjunto
Caipe Velho no município de São Cristóvão.
Cerca de 100 famílias tiveram que ser retiradas do local em cumprimento
a um mandado de reintegração expedido pela justiça de São Cristóvão em
favor do proprietário do terreno. Aproximadamente 80 habitações, dentre
barracos e três em alvenaria tiveram que ser demolidos e as famílias
retiradas dos barracos.
De acordo com o relações públicas da Polícia Militar, o major Paulo
César Paiva, a área foi loteada de forma irregular para a venda. “Pelo
que a gente pode constatar foi feito um loteamento, as pessoas estavam
ilegalmente vendendo lotes a R$ 800, mil reais. Muitas pessoas estão
aqui de boa fé, pois adquiriram o terreno julgando que estava tudo
certo, quando na verdade houve agora essa determinação judicial de
reintegração de posse feita pela comarca de São Cristovão. As pessoas
não sabiam que estavam adquirindo um imóvel ilegal, alguém infelizmente
vendeu esse lote ilegalmente e as pessoas que aqui estão foram vítimas
desse golpe”, esclarece Paiva.
Famílias
Barracos foram montados no local |
Uma das pessoas que adquiriu um pedaço de lote foi o aposentado Manuel
dos Santos. “Eu comprei o lote por R$ 800 reais. Tem uns três meses que
eu venho construindo uma casa e já gastei mais de R$ 4 mil. Fiz um
recibo e dei para a pessoa a que me vendeu assinar. Eu não sabia que o
local tinha dono. Se eu soubesse que não era regularizado não tinha
comprado”, diz.
Além das pessoas que foram vítimas do golpe, o local servia de moradias
para muitas famílias que ocuparam o local e montaram os barracos por
não terem para onde morar, como é o caso de Marcelo Menezes. “Vou ter
que sair daqui. Moro com a minha esposa e não tenho para onde ir. Me
deram esse pedaço de terra para que eu montasse um lugar para morar, mas
agora vão nos tirar daqui”, lamenta o trabalhador.
A desocupação das moradias foi feita de forma ordeira e as famílias não
tiveram outra alternativa a não ser sair das casas pacificamente.
Proprietário
Manuel dos Santos diz que adquiriu um lote por R$ 800 reais
|
A equipe do Portal Infonet conversou com Williams Seixas Santana que se
diz proprietário do terreno. Segundo ele, as famílias agiram de má-fé.
“Eles invadiram porque infelizmente as nossas leis são brandas. Fiquei
sabendo que há uns dois meses estão vendendo lotes aqui. Essa
propriedade é minha e de minha família que temos aqui desde os anos 80.
Tenho escritura, tudo legalizado, as taxas do INCRA. Eu contabilizo um
prejuízo de R$ 100 mil. Cortaram as mangueiras só para depredar”,
garante Williams.
A reintegração foi cumprida pelo coronel Campos do 1º Batalhão de
Polícia, pelo major Aragão do Grupo de Gerenciamento de Crise da PM e
pelo Batalhão de Choque coordenado pelo capitão Augusto César.
Por Aisla Vasconcelos
Fonte:Infonet.com.br
A era petista...enquanto uns trabalham, outros saqueiam...
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