Alunas aprovadas irregularmente foram denunciadas No entendimento do Sintese, alguém promoveu as alunas A es...
Alunas aprovadas irregularmente foram denunciadas
No entendimento do Sintese, alguém promoveu as alunas
A escola José Alencar Cardoso fica no conjunto Bugio (Foto: Portal Infonet) |
Chegou ao conhecimento do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do
Estado de Sergipe (Sintese) uma denúncia de irregularidades envolvendo a
Escola Estadual José Alencar Cardoso, situado no conjunto Bugio. A
denúncia se refere a supostas alterações nos diários de classe de
docentes, a fim de beneficiar alunas da unidade.
As supostas irregularidades foram detectadas nos diários de classe das
professoras de matemática e geografia no final de 2012, com o intuito de
beneficiar duas alunas. Embora reprovadas no diário de classe na Escola
José Alencar Cardoso, nas disciplinas referidas, elas estariam
estudando a serie subsequente no Colégio Estadual Francisco Rosa.
A equipe do Portal Infonet conversou com a presidente do
Sintese, Ângela Melo que informou que a denúncia chegou a conhecimento
do Sindicato em junho deste ano. “As estudantes eram da Alencar Cardoso,
no final do ano verificou-se que elas não tinham condições de serem
promovidas, elas solicitaram transferência para a outra escola da
comunidade e coincidentemente, quando as professoras chegaram, se
depararam com as alunas em uma turma superior a que elas deveriam estar.
É um absurdo, porque primeiro o professor tem que ser respeitado, ele
tem autonomia. Segundo, é crime burlar a caderneta do professor. Segundo
a denúncia, o fato aconteceu no final de 2012 para 2013, mas nós só
tomamos conhecimento agora.”, garante Angela.
Agela Melo diz que a denúncia deve ser apurada |
No entendimento da sindicalista, alguém da escola promoveu as alunas
quando foi dada a transferência das alunas para uma outra instituição.
“Pela denúncia houve uma fraude, as notas foram fraudadas para que as
estudantes tivessem a promoção. Se a denúncia tem procedência, nós
achamos muito grave e por quê? Lógico que todo professor quer que o seu
aluno seja promovido, que ele passe de uma serie para outra. Mas caso
se verifique que aquele estudante não tem condições de passar de uma
série para outra, ele tem que permanecer na mesma e a escola precisa
respeitar”, afirma.
Tão logo tomou conhecimento da denúncia, o Sintese, atraves da
presidente Angela Melo, encaminhou ofícios à Secretaria de Estado da
Educação (Seed) e ao Ministério Público Estadual (MPE) para que eles
tomem ciência do fato. E caso se confirme a denúncia, que as
providências sejam tomadas. “Toda a denúncia que recebemos, nós
solicitamos averiguação. A escola possui o mecanismo de avaliação, a
gente pode discutir a forma, os métodos de avaliar, mas a avaliação
sendo feita, quem tem que contestar é o estudante e a sua família, mas
não houve a contestação, as alunas foram reprovadas e elas foram
promovidas”, entende.
MPE
O diretor da escola Roque Hudson se defende das acusações |
O promotor de Justiça da promotoria da educação do MPE, Fausto Valois,
informou que já foi encaminhou um ofício junto a Secretaria de Estado da
Educação (SEED) requisitando a instauração de uma sindicância para
apurar o fato. Também foi solicitado informações e registros de
documentos.
Direção Escolar
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com o diretor da
Escola José Alencar, Roque Hudson Ribeiro Santos, que esclareceu que o
conselho de classe realizou uma avaliação para as meninas.
“As meninas acho que não tinham feito à avaliação final. Assim, o
conselho se reuniu e fez uma avaliação com elas. Como não tinham feito a
avaliação final, elas ficaram reprovadas e as mesmas têm o direito a
fazer. Só tem direito a fazer quando você fica em três componentes
curriculares, elas ficaram só em uma e não tinham feito. O conselho de
classe quando funciona é com todas as instituições, o estadual também,
como a gente só tem no momento participando do conselho comunitário com a
equipe de coordenação de ensino pra fazer uma nova avaliação, foram
feita e pronto. Uma vai continuar estudando com a gente no 8º ano e a
outra pediu remoção porque os pais foram pra outro bairro”, diz.
Por Aisla Vasconcelos
Fonte:Infonet.com.br
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