Cooperados param transporte alternativo em Sergipe Coopertalse reclamam do congelamento da tarifa intermunicipal ...
Cooperados param transporte alternativo em Sergipe
Coopertalse reclamam do congelamento da tarifa intermunicipal
Coopertalse: frota parada (Fotos: Portal Infonet) |
Os motoristas associados à Cooperativa de Transportes Alternativo de Aracaju (Coopetalse) pararam
a maioria das linhas intermunicipais nesta quarta-feira, 3, e se
preparam para realizar uma carreata até o Palácio de Governo. De acordo
com informações dos dirigentes da cooperativa, apenas 30% da frota estão
rodando.
Nesta manhã, os motoristas estão concentrados em um trecho da BR 101 no
município de Nossa Senhora do Socorro, onde está formada uma fila de
veículos que já atinge cerca de 3 km. “Daqui sairemos em carreata
pacífica, sempre deixando uma pista livre para não causar transtornos no
trânsito”, garante o gerente geral da cooperativa, José Reinaldo
Santos.
Em carreata, eles fazem a primeira parada na sede da Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), na rua Vila Cristina, e,
posteriormente, pretendem seguir para o Palácio de Despachos, onde
tentaram uma audiência com representantes do governo para negociar o
reajuste tarifário.
Congelamento
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José Reinaldo: dificuldade no abastecimento |
Conforme explicações do diretor geral da cooperativa, a tarifa dos
transportes alternativos está congelada há exatos oito anos. Há trechos
intermunicipais, segundo Reinaldo Santos, que a tarifa é mais barata que
o valor da passagem dos transportes coletivos de Aracaju. “Para
Laranjeiras, a passagem é R$ 2,10, enquanto que, para rodar em Aracaju, a
tarifa é R$ 2,25”, exemplifica Santos, lembrando que os empresários do
sistema urbano já se mobilizam por um novo reajuste.
Ele diz que em oito anos, os insumos aumentaram consideravelmente e,
permanecendo o congelamento da tarifa, os cooperativos poderão parar
efetivamente o sistema por falta de combustível. “Temos uma despesa
diária de 57 mil e 500 reais e o distribuidor só libera o combustível
mediante depósito antecipado e já estamos com dificuldade para fazer
este pagamento”, explica.
Ele diz que o combustível foi reajustado em 27% entre os anos de 2005 e
2012, enquanto os pneus sofreram aumento de 56% e o salário mínimo
120%. “Diariamente paramos dez veículos para fazer a manutenção
preventiva. Daqui a pouco não vamos ter mais condição de fazer a
manutenção porque vamos ter que demitir mecânico e ajudante”, comenta.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Urbano (Sedurb) informou que a secretária Lúcia Falcon está disposta a
receber os representantes da cooperativa ainda nesta manhã e que estaria
aberta ao diálogo. A assessoria informou também que o governo ainda não
definiu o novo valor da tarifa porque os estudos ainda não foram
concluídos.
Por Cássia Santana
Fonte:Infonet.com.br
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