Homem mata ex-companheira dentro da UFS Crime aconteceu no Restaurante Universitário esta manhã Ex-presidiári...
Homem mata ex-companheira dentro da UFS
Crime aconteceu no Restaurante Universitário esta manhã
Ex-presidiário desferiu vários golpes de faca e depois tentou se matar (Fotos: Aldaci de Souza/Portal Infonet) |
Vários golpes de faca [a polícia contou 11], foram suficientes para
tirar a vida de Danielle Bispo dos Santos, 28, por volta das 10h30 da
manhã desta segunda-feira, 19, dentro do Restaurante do Campus da
Universidade Federal de Sergipe. Ela foi assassinada pelo ex-companheiro
Cleiton Ramos, o ex-presidiário que alegou traição, como motivo do
crime.
“Minha filha morou com ele por três meses e eu vinha aconselhando ela
que se separasse, mas ele estava ameaçando demais. Hoje ela prestou uma
queixa contra ele, mas foi tarde demais. Eu não queria estar aqui agora
para ver a minha filha morta. Ela vivia me dizendo que aqui não tem
segurança e que ela já estava com medo de ele aparecer”, lamenta Gerusa
Oliveira em lágrimas, acrescentando que desde que se separou a filha
voltou a residir com ela no conjunto Marcos Freire III, em Nossa Senhora
do Socorro.
Momento em que era levado para a delegacia |
“Eu trabalhava com Danielle. Somos da mesma empresa terceirizada, a Boa
Mesa Alimentação. Foi uma tragédia muito rápida. Ele entrou normalmente
pela frente, no Resun, sem qualquer arma nas mãos; ela estava limpando a
suqueira e quando viu ele, começou a gritar e correu se escondendo
embaixo da pia. Ele pegou uma faca na própria cozinha e começou a furar
por toda a barriga, depois tentou se matar. Ele é ex-presidiário, está
na condicional. Quando o Samu chegou ela já estava morta”, relata a
colega pedindo para não ser identificada.
“Aqui não existe segurança. Eu estava no Resun e foi muito assustador.
Depois que ele esfaqueou a moça, começou a gritar sem parar. O que a
gente lamenta mesmo é que a falta de segurança na UFS está muito
grande”, destaca a estudante Regiane Andrade.
Estudantes ficaram revoltados |
O assassino foi preso pelos seguranças do Campus e ficou nas
dependências do Restaurante Universitário até a chegada da Polícia
Federal. Policiais da Companhia de Rádio Patrulha, da Criminalística e
da Delegacia de Homicídios também estiveram no local.
Contraponto
Após um verdadeiro jogo de empurra entre a assessoria de Comunicação
Social, que garantia que somente a Pró-Reitora de Assuntos Estudantis,
Lúcia Aranha poderia falar. E na Pró-reitoria, a informação era de
que os dados seriam passados pela Assessoria de Comunicação e que Lúcia
Aranha já tinha saído, foi que a reportagem do Portal Infonet conseguiu informações sobre a segurança no Campus Universitário por meio do celular de Lúcia Aranha.
Regiane Andrade: "Não temos segurança" |
“Estou no trânsito, mas responsável pela assessoria de Comunicação,
Messiluce Hansen está elaborando uma nota para ser postada no portal da
UFS”, ressalta Lúcia Aranha.
O Portal Infonet tentou ouvir o reitor Ângelo Antoniolli no
gabinete, pelo telefone celular e até mesmo pelo facebook para saber
como anda a segurança, já que foi uma bandeira de campanha dele, mas não obteve resposta.
Por fim, Messiluce Hansen atendeu ao telefone celular. “Nós não falamos
com a imprensa porque estávamos acompanhando os fatos no local do
crime. Já estamos finalizando a nota mostrando que o crime foi passional
e que há controvérsias de como ele entrou. Se pelos fundos, pela porta
de entrada de alimentos ou se ele pulou a janela. Até porque pela frente
só passam estudantes e funcionários cadastrados e devidamente
identificados”, explica.
D. Gerusa se desesperou quando chegou ao Resun
|
Quanto à segurança no Campus da Universidade Federal de Sergipe em São Cristóvão, Messiluce Hansen explicou:
“A Universidade é pública. Não apenas a comunidade acadêmica tem
acesso, mas as pessoas que residem no entorno, que entram para irem ao
banco e até mesmo ao fórum. Foi um crime passional, inclusive a polícia
encontrou no bolso dela, uma queixa prestada hoje contra ele, que não
deu chances de defesa e foi contido pelos seguranças da UFS”, completa.
Após a chegada da Polícia Federal, o autor das facadas no tórax, nos
braços e nas costas de Daniele Bispo foi conduzido à delegacia. Do lado
de fora, os estudantes gritavam revoltados: “assassino, assassino”. À
imprensa, ele se limitou a dizer: "Foi uma macumba que a mãe dela
colocou pra mim. Matei por traição e só vou falar na delegacia".
Por Aldaci de Souza
Fonte:Infonet.com.br
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