CRISTÓVÃO DE BARROS, GOVERNADOR GERAL DO BRASIL 1571 – 1575: (INTERINO) FUNDADOR DE SÃO CRISTOVÃO (1590) Cristovão de Barro, Filho do d...
CRISTÓVÃO DE BARROS,
GOVERNADOR GERAL DO BRASIL 1571 – 1575: (INTERINO) FUNDADOR DE SÃO CRISTOVÃO (1590)
Cristovão de Barro, Filho do donatário do Ceará António Cardoso de Barros, escudeiro fidalgo atuante na Índia, Cristóvão de Barros chegou à Bahia junto com o pai que, depois de ter desistido de sua donataria (capitania do Ceará), foi incumbido de ser o primeiro provedor-mor da fazenda do Brasil em 1549. Na Bahia, começou atuando como soldado, porém, em 1566, já era capitão-mor de uma frota que veio do reino para auxiliar os fundadores do Rio de Janeiro, capitania real que governou de 1572 até pelo menos 1575. Com boa posição na sociedade colonial Cristovão de Barros recebeu terras na donataria dos Costas foi Cristóvão de Barros. Este recebeu uma légua de terra nas águas do Ibatatan no dia de 25 de julho de 1578, quando o ofício de loco-tenente já pertencia a Sebastião Álvares, fidalgo da Casa Real que apoiou a família Costa no desentendimento destes com o bispo Sardinha 467 . Neste local havia um engenho, porém Francisco Vicente Vianna não confirma se este foi construído pelo agraciado com as terras. Assumiu o posto de provedor-mor, herdado do pai e foi líder da conquista da região onde se instalou a capitania de Sergipe Del Rey da qual foi primeiro capitão. Ainda participou do governo geral interino entre 1587 e 1591 e, de acordo com o escrito por Ricupero, possuía diversas propriedades em Sergipe e no Rio de Janeiro (onde tinha um engenho).
Destaca-se que nessas duas regiões atuou militarmente, assim não se pode desconsiderar que recebeu a sesmaria em tela em compensação a uma possível participação na repressão aos indígenas no vale do Paraguaçu. Cristóvão de Barros Companheiro que fora de Estácio de Sá na conquista da terra, Cristóvão de Barros foi nomeado para suceder a Salvador em outubro de 1571; mas só assumiu o posto em fins do ano seguinte. Ampliou as fortificações da cidade; estimulou a lavoura de cana; fundou o Engenho del-Rei às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no local onde hoje se acha o Jardim Botânico; concorreu eficazmente o para o povoamento das margens da Guanabara, concedendo numerosas sesmarias de Irajá até às margens do Suruí.
Ele próprio construiu para si um engenho de açúcar em Magé (Magepe, como dizem os antigos documentos). O militar, foi um personagem histórico português, que fez parte da colonização brasileira. Filho de Antônio Cardoso de Barros, que foi devorado pelos índios caetés juntamente com o bispo D. Pero Fernandes Sardinha, nas terras do hoje Estado de Sergipe. Cristóvão de Barros, foi considerado herói na luta e expulsão dos piratas ingleses de Salvador e de índios. Fundador da São Cristóvão, em Sergipe . Mais tarde, recebendo instruções do reino, resolveu criar a Capitania de Sergipe Del Rei.
Auxiliou a expulsão dos tamoios e franceses da Baía de Guanabara e de seus arredores. Possuidor de extensas sesmarias em Magé e construtor do 1º engenho do município, nas proximidades do Rio Magepe e próximo ao Morro da Piedade, surgindo ai o desenvolvimento de uma nova civilização, vindo a ser o fundador e mantenedor da integridade do núcleo populacional da futura Magé, com a expulsão, escravidão e o extermínio da população indígena local.
A prática de doação de terras em sesmaria, poder conferido a Tomé de Sousa, foi mesmo restrita a esse termo da vila. E fora desse termo não houve a criação de qualquer povoação; mais tarde, São Cristóvão do rio Sergipe do rei será criada em território real, nas terras da coroa que antes pertenceram a Francisco Pereira Coutinho; e também com um termo de pequenas dimensões iniciais: as 6 léguas em quadra.
Varnhagen sentiu essa mesma estranheza ao tratar da fundação de São Cristóvão do rio de Sergipe em 1590: "fundou um verdadeiro arraial, a que já deu o nome de cidade". Esse estranhamento surge de raciocinarmos com os padrões e a hierarquia de povoações que se forjou no século XVIII, presente nas legendas de muitos mapas dessa época, por exemplo, nos de Minas Gerais, em que se encontra o escalonamento: fazenda, capela, capela curada, vila e cidade, em função da população, da existência de pároco, de ter pelourinho, de ser a cabeça da capitania.
As tribos conseguiram expulsar os invasores, mas depois foram massacradas pelos portugueses, que queriam escravizá-los a qualquer custo. Em 1590, o capitão Cristóvão de Barros conquistou a região após um longo período de guerras e fundou o Arraial de São Cristóvão, a qual nomeou de Sergipe Del Rey. No século XVII, a província se desenvolveu com a criação de gado e a produção de cana-de-açúcar, contratando mão-de-obra escrava da África. Sergipe ainda passava por um impasse territorial com a resistência indígena às imposições da Coroa e o conflito contra os franceses, que só foram definitivamente expulsos em 1601.
Com a Invasão Holandesa, em 1637, Sergipe foi praticamente posto a ruínas. Houve incêndios, destruição de lavouras, roubos e maus tratos com gados, abalando drasticamente a economia da província. Os holandeses queriam atacar a cidade de Salvador e se estabeleceram no território de Sergipe em busca de uma estratégia para a investida. Em 1696, finalmente Sergipe conquistaria a independência, mas por muito pouco tempo. Separada da Capitania da Bahia, foram fundadas as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. Entretanto, com o desenvolvimento da província, a Bahia reivindicou a autonomia de Sergipe, o que causou inúmeros conflitos.
Cronologia Político-administrativa
• 1564 – 1567: Estácio de Sá
• 1565: COLÔNIA - CAPITANIA REAL (vídeo)
• 1567 – 1568: Mem de Sá
• 1568 – 1571: Salvador Correia de Sá(primeiro governo)
• 1571 – 1575: Cristóvão de Barros
• 1575 – 1577: Antônio de Salema
• 1577 – 1598: Salvador Correia de Sá (segundo governo)
• 1598 – 1602: Francisco de Mendonça e Vasconcelos
• 1602 – 1607: Martim de Sá
• 1608 – 1613: Afonso de Albuquerque
• 1614 – 1618: Constantino de Menelau
• 1618 – 1620: Rui Vaz Pinto
• 1620 – 1623: Francisco Fajardo
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Fonte: AS CAPITANIAS DE ITAPARICA E TAMARANDIVA E DO PARAGUAÇU: administração, direito de propriedade e poder na América portuguesa (c1530-c1630). - Alexandre Gonçalves do Bonfim.
GOVERNADOR GERAL DO BRASIL 1571 – 1575: (INTERINO) FUNDADOR DE SÃO CRISTOVÃO (1590)
Cristovão de Barro, Filho do donatário do Ceará António Cardoso de Barros, escudeiro fidalgo atuante na Índia, Cristóvão de Barros chegou à Bahia junto com o pai que, depois de ter desistido de sua donataria (capitania do Ceará), foi incumbido de ser o primeiro provedor-mor da fazenda do Brasil em 1549. Na Bahia, começou atuando como soldado, porém, em 1566, já era capitão-mor de uma frota que veio do reino para auxiliar os fundadores do Rio de Janeiro, capitania real que governou de 1572 até pelo menos 1575. Com boa posição na sociedade colonial Cristovão de Barros recebeu terras na donataria dos Costas foi Cristóvão de Barros. Este recebeu uma légua de terra nas águas do Ibatatan no dia de 25 de julho de 1578, quando o ofício de loco-tenente já pertencia a Sebastião Álvares, fidalgo da Casa Real que apoiou a família Costa no desentendimento destes com o bispo Sardinha 467 . Neste local havia um engenho, porém Francisco Vicente Vianna não confirma se este foi construído pelo agraciado com as terras. Assumiu o posto de provedor-mor, herdado do pai e foi líder da conquista da região onde se instalou a capitania de Sergipe Del Rey da qual foi primeiro capitão. Ainda participou do governo geral interino entre 1587 e 1591 e, de acordo com o escrito por Ricupero, possuía diversas propriedades em Sergipe e no Rio de Janeiro (onde tinha um engenho).
Destaca-se que nessas duas regiões atuou militarmente, assim não se pode desconsiderar que recebeu a sesmaria em tela em compensação a uma possível participação na repressão aos indígenas no vale do Paraguaçu. Cristóvão de Barros Companheiro que fora de Estácio de Sá na conquista da terra, Cristóvão de Barros foi nomeado para suceder a Salvador em outubro de 1571; mas só assumiu o posto em fins do ano seguinte. Ampliou as fortificações da cidade; estimulou a lavoura de cana; fundou o Engenho del-Rei às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no local onde hoje se acha o Jardim Botânico; concorreu eficazmente o para o povoamento das margens da Guanabara, concedendo numerosas sesmarias de Irajá até às margens do Suruí.
Ele próprio construiu para si um engenho de açúcar em Magé (Magepe, como dizem os antigos documentos). O militar, foi um personagem histórico português, que fez parte da colonização brasileira. Filho de Antônio Cardoso de Barros, que foi devorado pelos índios caetés juntamente com o bispo D. Pero Fernandes Sardinha, nas terras do hoje Estado de Sergipe. Cristóvão de Barros, foi considerado herói na luta e expulsão dos piratas ingleses de Salvador e de índios. Fundador da São Cristóvão, em Sergipe . Mais tarde, recebendo instruções do reino, resolveu criar a Capitania de Sergipe Del Rei.
Auxiliou a expulsão dos tamoios e franceses da Baía de Guanabara e de seus arredores. Possuidor de extensas sesmarias em Magé e construtor do 1º engenho do município, nas proximidades do Rio Magepe e próximo ao Morro da Piedade, surgindo ai o desenvolvimento de uma nova civilização, vindo a ser o fundador e mantenedor da integridade do núcleo populacional da futura Magé, com a expulsão, escravidão e o extermínio da população indígena local.
A prática de doação de terras em sesmaria, poder conferido a Tomé de Sousa, foi mesmo restrita a esse termo da vila. E fora desse termo não houve a criação de qualquer povoação; mais tarde, São Cristóvão do rio Sergipe do rei será criada em território real, nas terras da coroa que antes pertenceram a Francisco Pereira Coutinho; e também com um termo de pequenas dimensões iniciais: as 6 léguas em quadra.
Varnhagen sentiu essa mesma estranheza ao tratar da fundação de São Cristóvão do rio de Sergipe em 1590: "fundou um verdadeiro arraial, a que já deu o nome de cidade". Esse estranhamento surge de raciocinarmos com os padrões e a hierarquia de povoações que se forjou no século XVIII, presente nas legendas de muitos mapas dessa época, por exemplo, nos de Minas Gerais, em que se encontra o escalonamento: fazenda, capela, capela curada, vila e cidade, em função da população, da existência de pároco, de ter pelourinho, de ser a cabeça da capitania.
As tribos conseguiram expulsar os invasores, mas depois foram massacradas pelos portugueses, que queriam escravizá-los a qualquer custo. Em 1590, o capitão Cristóvão de Barros conquistou a região após um longo período de guerras e fundou o Arraial de São Cristóvão, a qual nomeou de Sergipe Del Rey. No século XVII, a província se desenvolveu com a criação de gado e a produção de cana-de-açúcar, contratando mão-de-obra escrava da África. Sergipe ainda passava por um impasse territorial com a resistência indígena às imposições da Coroa e o conflito contra os franceses, que só foram definitivamente expulsos em 1601.
Com a Invasão Holandesa, em 1637, Sergipe foi praticamente posto a ruínas. Houve incêndios, destruição de lavouras, roubos e maus tratos com gados, abalando drasticamente a economia da província. Os holandeses queriam atacar a cidade de Salvador e se estabeleceram no território de Sergipe em busca de uma estratégia para a investida. Em 1696, finalmente Sergipe conquistaria a independência, mas por muito pouco tempo. Separada da Capitania da Bahia, foram fundadas as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. Entretanto, com o desenvolvimento da província, a Bahia reivindicou a autonomia de Sergipe, o que causou inúmeros conflitos.
Cronologia Político-administrativa
• 1564 – 1567: Estácio de Sá
• 1565: COLÔNIA - CAPITANIA REAL (vídeo)
• 1567 – 1568: Mem de Sá
• 1568 – 1571: Salvador Correia de Sá(primeiro governo)
• 1571 – 1575: Cristóvão de Barros
• 1575 – 1577: Antônio de Salema
• 1577 – 1598: Salvador Correia de Sá (segundo governo)
• 1598 – 1602: Francisco de Mendonça e Vasconcelos
• 1602 – 1607: Martim de Sá
• 1608 – 1613: Afonso de Albuquerque
• 1614 – 1618: Constantino de Menelau
• 1618 – 1620: Rui Vaz Pinto
• 1620 – 1623: Francisco Fajardo
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Fonte: AS CAPITANIAS DE ITAPARICA E TAMARANDIVA E DO PARAGUAÇU: administração, direito de propriedade e poder na América portuguesa (c1530-c1630). - Alexandre Gonçalves do Bonfim.
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